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O Open Finance busca aumentar a competitividade entre às instituições financeiras (bancos tradicionais, bancos digitais, fintechs e grandes varejos) e melhorar a experiência dos usuários com ofertas exclusivas: quanto mais fáceis, vantajosas e práticas forem as soluções, melhor para o consumidor.

O mercado atual vive uma revolução no digital, e essa transformação também chegou para os serviços financeiros. Com o Open Banking e o Open Finance, que promovem o compartilhamento de dados financeiros, as pessoas têm procurado soluções não presenciais. Bancos digitais e empresas que não são bancos (grandes varejos) já oferecem diversas soluções para esses clientes, inclusive promovendo a inclusão para quem não tinha contas em bancos tradicionais.

No Brasil, a infraestrutura de Open Finance começou a ser desenvolvida com a regulamentação do Banco Central. Cada vez mais, o público passa a decidir com qual instituição quer compartilhar seus dados e isso gera insumos para que as mesmas criem soluções. Em contrapartida, grande parte das instituições não quer desenvolver estruturas próprias, focando apenas na criação de soluções e optando por se conectarem às APIs (interface de programação de aplicações) de plataformas especializadas e terceirizadas.

Por meio do uso da inteligência dos dados, as instituições têm informações precisas sobre a receita real do consumidor, quais produtos consome, se é um funcionário registrado de acordo com a consolidação das leis do trabalho (CLT) ou pessoa jurídica (PJ), rendas extras ignoradas pelos bancos, recebimento de auxílios e pensões. O sistema é capaz de mostrar inclusive onde as pessoas gastam seu dinheiro, fluxo de caixa e hábitos financeiros. Com todas essas informações, criam-se soluções personalizadas para cada indivíduo.

Para fazer parte do Open Finance, muitas instituições terão que se mobilizar. Por ser um projeto que aumenta o número de dados disponíveis, o consumidor agora pode optar pela solução mais vantajosa que irão lhe oferecer.

Existe um grande potencial do Open Finance no Brasil: já são 231,1 milhões de compartilhamento de dados, de acordo com a Open Banking Brasil e 821 instituições participantes do sistema. Segundo estimativa da consultoria Accenture, um mercado endereçável de US$ 416 milhões será criado nos próximos três anos, a partir da construção de produtos e serviços centrados no consumidor, que verá os benefícios em breve.